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"As boas obras não tornam bom o homem, mas o homem bom pratica boas obras. As obras más não tornam mau o homem, mas o homem mau pratica obras más".
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Temos na impressão gráfica a 4 cores uma ilusão de ótica das suas composições, que possibilita a visualização da i...
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Escala de cores CMYK Esse tipo de escala possui uma ampla variedade de combinações de bendays , que...
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Estagiário Estudante de curso superior de Design, em fase de aprendizado, que participa de trabalho sob a orientação de um designer experie...
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Estagiário Estudante de curso superior de Design, em fase de aprendizado, que participa de trabalho sob a orientação de um designer experie...
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
O que é UCR ?
O que é OPI ?
Actualmente com as capacidades dos novos equipamentos informáticos, já não existe tanta necessidade de recorrer a este sistema. Antigamente é que era bastante usado pelas dificuldades em trabalhar em equipamentos de fraca capacidade.
Fidelidade de cores
Nenhum sistema de reprodução de cores alcança o espectro de cores da natureza:
- - O olho humano vê biliões de cores;
- - O écrã de um computador atinge os 16 milhões;
- - O filme fotográfico atinge de 10 a 15 milhões;
- - O impresso não ultrapassa 6 mil cores. Essa limitação do "range" de cores (chamada também de "color gamut") do processo de impressão é o que impede a reprodução perfeita das imagens coloridas.
- reprodução perfeita das imagens coloridas.
RGB (R = Red; G = Green; e B = Blue): são as cores aditivas primárias usadas pelos monitores. Para a reprodução offset ou digital, as cores RGB devem ser transformadas em CMYK (C = Cyan; M = Magenta;Y = Yellow; e K = Black), que são cores subtrativas primárias, usadas no processo de impressão. Quando misturadas, elas reproduzem limitadamente o espectro de cores da natureza.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Guia de Cores Quadricromia
Escala de cores CMYK
Esse tipo de escala possui uma ampla variedade de combinações de bendays, que são responsáveis pelas composições das mais variadas cores. São cores que trabalham com transparência, possibilitando assim uma maior gama de combinações de cores.
Exitem muitos tipos de escalas, com as mais diversas combinações, essas escalas podem ser compradas em algumas editoras, ou adquiridas em algumas gráficas que as oferecem como brinde para clientes.
Um fato muito importante é a diferença entre resultados e meios: quando estamos trabalhando no computador vemos as cores em RGB; quando partimos para a impressão essas mesmas cores irão existir de outra forma, em CMYK. Essa diferença sempre irá ocorrer, e para termos um bom resultado, sem surpresas, devemos sempre escolher as cores tomando como base a sua composição em uma tabela de cor apropriada, sejam essas cores CMYK ou especiais.
Outro fato que ocorre com frequência é a diferença que podemos obter quando trabalhamos com suportes diferentes, de acordo com o tipo de papel teremos um resultado de impressão, é muito importante que essa situação seja esclarecida com o cliente. Se possível, recomendamos que, quando o trabalho for executado em um papel especial, papel jornal, ou até mesmo em um pepel offset, a prova de cor seja feita no mesmo tipo de papel.
CMYK
CMYK é a abreviatura do sistema de cores formado por Ciano (Cyan), Magenta (Magenta), Amarelo (Yellow) e Preto (black).
A letra K no final significa Key pois o preto que é obtido com as três primeiras cores, CMY, não reproduz fielmente tons mais escuros, sendo necessário a aplicação de preto “puro”.
O CMYK funciona devido à absorção de luz, pelo que as cores que são vistas vêm da parte da luz que não é absorvida. Este sistema é empregado por imprensas, impressoras e fotocopiadoras para reproduzir a maioria das cores do espectro visível, e é conhecido como quadricromia. É o sistema subtrativo de cores, em contraposição ao sistema aditivo, o RGB.
Ciano é a cor oposta ao vermelho, o que significa que atua como um filtro que absorve a dita cor (-R +G +B). Da mesma forma, magenta é a oposta ao verde (+R -G +B) e amarelo é a oposta ao azul (+R +G -B). Assim, magenta mais amarelo produzirá vermelho, magenta mais ciano produzirá azul e ciano mais amarelo produzirá verde.
Inclusão do preto
O preto pode ser produzido misturando os três pigmentos primários, mas por várias razões, é preciso adicionar tinta preta ao sistema:
- O preto que se cria misturando os três pigmentos primários não é puro;
- Empregar o 100% das tintas ciano, magenta e amarelo produz uma camada que, dependendo do tipo de papel, pode não secar ou ainda romper a folha se muito leve;
- Os textos imprimem-se geralmente no preto pois incluem detalhes muito finos que seriam complicados de conseguir mediante a superposição de três tintas;
- O pigmento preto é o mais barato de todos, razão pela que criar negro com três tintas seria muito mais caro.
CMYK versus RGB
O padrão CMYK é o mais e mlhor usado para impressão, enquanto que monitores e televisões usam o padrão RGB – Vermelho (Red), Verde (Green) e Azul (Blue)-, onde são usadas apenas três cores.
Como o CMYK que se usa na indústria gráfica é baseado na mistura de tintas sobre o papel e o CMYK usado nos sistemas de computador não passa de uma variação do RGB, nem todas as cores vistas no monitor podem ser conseguidas na impressão, uma vez que o espectro de cores CMYK (gráfico) é significativamente menor que o RGB. Alguns programas gráficos incorporam filtros que tentam mostrar no monitor a imagem como será impressa.
Além do CMYK e do RGB, existem outros padrões de cores, como o Pantone, onde em lugar de um certo número de cores primárias que são combinadas para gerar as demais, tem-se um conjunto maior de tintas especiais, que misturadas entre si, produzem na impressão uma gama de cores consistente com o que é visto em um mostruário.
Fonte: pt.wikipedia.org
Psicologia das cores em design de logo
A escolha da cor errada quando fazemos um logotipo, pode ser um tiro no próprio pé e designer que não sabe o mínimo de psicologia da cor, não é designer. É preciso insitar cada sentido possível na criação de um trabalho, seja ele subliminar ou não!
Abaixo seguem alguns bons exemplos de aplicação da teoria, juntamente com o significado de cada uma.
VERMELHO
Ação, aventura, agressividade, sangue, perigo, energia, excitação, amor, paixão, força e vigor.
Esta é uma cor quente intensa, muito usada para demonstrar conflito de emoções tal como o amor e a paixão. Esta cor normalmente afeta a pressão sanguínea e a fome, por isso é muito usada para incitar emoções fortes ou a vontade de comer.
Red Bull: 1987 – Designer desconhecido
Red Bull fez um ótimo uso do vermelho, já que se trata de uma bebida energética, embasada por slogans como “Red Bull te dá asas!”. Com um detalhe análogo de amarelo ao fundo, a paleta de cores fica completa.
ROSA
Apreciação, delicadeza, feminilidade, floral, gentileza, gratitude, inocencia, romantismo, leveza e tranquilidade.
O Rosa é a cor mais feminina de todas, pois esta cor nos tras a sensação de delicadeza e inocencia. É uma cor suavizada do vermelho e expressa a visão das garotinhas, balas de goma e doces. Comumente associada a causas feministas ou que levem a bandeira feminista, tais como a luta contra o câncer de mama.
Barbie: 1959 – Designer desconhecido
Neste caso do logo da Barbie, é perfeita a utilização da cor, já que a boneca destina-se a garotinhas. A letra manuscrita reforça o fato, já que parece escrito por uma menininha.
LARANJA
Criatividade, alegria, entusiasmo, diversão, alta espiritualização e juventude.
Lembrando que o laranja é feito da junção de amarelo com vermelho e pode representar atributos de ambas as cores. O laranja é menos intenso que o vermelho, o que representa a jovialidade, também usado para mostrar divertimento, alegria e estimular o apetite.
Nickelodeon: 1984 – Tom Corey, Fred/Alan Inc., Scott Nash
O laranja foi uma escolha perfeita para a Nickelodeon que tem a maioria de sua audiência, composta por crianças. O laranja é divetido, puro e jovial, o que representa também a grade de programação do canal. A tipografia divertida e o fundo composto por pingos de tinta, só reforçam o conceito de diversão.
AMARELO
Cuidado, gratidão, covardia, curiosidade, felicidade, aflição, alegria, positividade, energia solar e aquecimento.
Como o vermelho, o amarelo pode ter mensagens conflitantes. O amarelo é claro e bem visivel, por isso é tão usado no transito e estradas, em contraponto com a paisagem. Em logotipos, ele é comumente usado para designar atenção, criar alegria e aquecimento.
McDonald’s: 1962 – Jim Schindler
Todos nós sabemos do sucesso da franquia Mc Donald´s e seus arcos formando o M, além é claro, de seu slogam “I´m lovin´it”. O logo usa paleta de cores análogas, assim como Red Bull, a diferença é que neste você tem predominancia de amarelo, já que o foco principal são as crianças, diversão e felicidade. O vermelho funciona bem como estimulador de fome e aumento da pressão sanguínea como consequência. Graças a esta combinação, muitos outros logos de redes de alimentos passaram a utilizar esta paleta, com sucesso.
VERDE
Ambientel, ecológico, frescor, calma, harmonia, saúde, inexperiência, dinheiro, natureza e tranquilidade.
O verde representa a vida na maioria de suas aplicações. É uma cor muito agradável e neutra, podendo ser considerada em alguns casos quente e em outros fria. Graças a estas propriedades e a representação de natureza, muitas empresas tem usado esta cor.
Animal Planet: 2008 – Dunning Eley Jones
Escolha perfeita para um canal focado na natureza e nos animais. Muitos não gostam deste logo e ele tem alguma polêmica por tras, mas todos tem que concordar que as variações de verde funcionam muito bem para esta empresa, representando os tons de uma floresta.
AZUL
Autoridade, calma, confidência, dignidade, estabilidade, lealdade, poder, sucesso, segurança e confiabilidade.
Esta é a cor mais usada em logotipos e definitivamente a cor das companias de automóveis e tecnologia, por passar a ideia de confiabilidade com segurança. Muitos logos políticos também andam utilizando variações de azul por suas propriedades.
IBM: 1972 – Paul Rand
O azul da IBM representa uma empresa estável, segura e confiável. No Rebrand de Paul Rand ele acrescentou 8 cortes horizontais nas letras, para mostrar dinamismo e velocidade. Mesmo que hoje a IBM não utilize mais este tom de azul, ele ainda é marca forte em sua logomarca.
ROXO
Cerimônia, alto valor, fantasia, justiça, mistério, notoriedade, realeza, sofisticação e espiritualidade.
O roxo é uma combinação de vermelho e azul trazendo características de ambas as cores mas com força de realeza ou luxúria. É amplamente usado em muitos logos de lojas de produtos finos.
Hallmark: Designer desconhecido
O slogam do Hallmark é “Quando você se importa o suficiente para mandar o melhor.”, nada mais perfeito do que usar o roxo em sua logomarca, para mostrar este sofisticação e realeza, que fica ainda mais reforçado pela coroa estilizada no topo.
MARROM
Calma, profundidade, terra, natureza, rascunho, riqueza, simplicidade, seriosidade, submissão, cacau, café, utilidade e madeiramento.
Muito usado em logos relacionados a construção ou empresas relacionadas a natureza e seus produtos. É uma cor mais quente, mas no sentido de aconchego.
UPS: 1961 – Paul Rand e 2003 – FutureBrand
UPS usa o marrom como forma de se diferenciar de seus concorrentes (USPS e FedEx). O primeiro logo era um tanto quanto sem graça usando apenas o marrom, mas em 2003 com o rebrand e a adção de laranja na composição, trouxe mais sofisticação, mais credibilidade.
PRETO
Autoridade, rigidez, classico, conservador, formalidade, mistério, seriosidade e tradição.
Preto é tecnicamente a absorção de todas as cores. Por conta disso ele representa a autoridade, rigidez, elegância e tradição. Pode ser encontrado em muitos logos com simplicidade e sofisticação.
James Bond 007: Designer desconhecido (© 1962 Danjaq, LLC e United Artists Corporation)
Qual o agente mais elegante, sério e sofisticado do mundo? Pois é, seu logo é todo preto, até para demonstrar o mistério em torno de um agente secreto e funciona muito bem.
CINZA
Autoridade, mentalidade corporativa, humildade, praticidade, respeito, estabilidade, humilhação e neutralidade.
Cinza é um tom entre branco e preto, decorrente disso ele mistura de ambos, está em um ponto entre as dualiades como o bem e o mal, normalmente ele vem acompanhado de outra cor, já que combina com a maioria por ser uma cor mais neutra.
Cristais Swarovski: Designer desconhecido
O logo da luxúriosa marca Swarovski é todo feito em cinza para representar os cristais e strasses da marca, que são predominantemente cinzas ou prateados, mas neste caso também foi aplicado para representar respeito e autoridade, que são consequências da história de conquistas da marca que já tem mais de 100 anos.
BRANCO
Limpeza, inocência, paz, pureza, refinamento, esterilidade, simplicidade, confiabilidade e rendimento.
Branco é universalmente a cor da paz e da pureza, mas cuidado, em culturas como as orientais, o branco representa a morte e deve ser evitado. Muito usado em logos com jogos de negativo/positivo, ou com textos reversos.
Girl Scouts: 1978 – Saul Bass
Embora o verde predomine neste logo, ele faz ótimo uso de espaços negativos em branco, formando o contorno da face das moças. A combinação toda e o jogo de positivo/negativo, passam uma imagem de pureza e inocência.
CONCLUSÃO
Assim como o grafismo e a fonte, a cor é algo muito importante em um logotipo, já que normalmente toda a identidade da empresa vai variar das cores do logo, o que pode ser um sucesso ou um desastre. O uso consciente e inteligente das cores só tende a agregar ainda mais valor e endossar a mensagem que se quer passar. Existem hoje vários sites na internet, como o Kuler, para escolher combinações adequadas não somente para logos, mas para qualquer projeto. Portanto, experimente, estude melhor cada cor e faça uso conciente delas e terá sucesso na certa.
Escala Pantone
Eu amo cores Pantone. Eu sempre uso cores Pantone para o meus jobs de design de impressão – elas são bonitas elegantes. Aqui eu estou exibindo as cores implementadas em vários materiais para diversos propósitos. Alguns deles foram implementados com organização da Pantone, outros com sua própria. Eu colecionei insígnias, cartões de visita, canecas e muito mais.
A assinatura emocional das cores
Temos por hábito aceitar o mundo a nossa volta pelo seu valor aparente, sem nos preocuparmos em analisar ou conhecer o caminho percorrido por determinados valores que hoje estão de tal maneira integrados em nossa sociedade e cultura que, praticamente, os consideramos parte da natureza. Assim é com o uso das cores, roupas, calçados, bolsas, a decoração de nossas casas, a estrutura arquitetônica e urbana das cidades e até nossos hábitos sociais e culturais.
É interessante observar as peculiaridades do ser humano. Enquanto as ciências são disciplinas que requerem frieza e ação repetitiva para atingir resultados, os maiores esforços intelectuais e psicológicos são feitos nas áreas abstratas como artes e religião. Talvez por sua impossibilidade de comprovação em termos materiais e serem, na sua totalidade, um trabalho do espírito do homem.
Desde que os primeiros homens começaram a usar as cores como forma de magia para atrair, através de seus poderes, a tão preciosa caça, as cores passaram a ter um papel cada vez mais fundamental e simbólico em todas as culturas do mundo.
Dos babilônios aos egípcios as cores eram parte fundamental da cultura e religião, definindo e expressando toda a força mística destas. Era também através da magia das cores que a classe dominante controlava a política e dominava o povo. Ambos os povos usavam e abusavam do fascínio e das emoções que o uso indiscriminado das cores exercia sobre os indivíduos. Seus palácios, templos e monumentos eram pintados com cores vivas e contrastantes que bombardeavam os sentidos, de maneira a intimidar todos os que deles se aproximavam. O povo em geral usava vestimentas de cores neutras, como branco, bege ou cinza e as cores vibrantes eram reservadas à elite fazendo com que esta pudesse usar o poder que elas exerciam sobre os sentidos, de maneira intimidante, para garantir seu domínio.
Já na Índia e na China o poder das cores é usado há milhares de anos como forma de energia que influencia todos os aspectos da vida. Os centros energéticos do corpo, conhecidos como Chakras pelos budistas e hindus são regidos pelas cores, de maneira que seu uso deve ser estudado e todo cuidado deve ser tomado para que o equilíbrio entre o material e o astral se mantenha inalterado fazendo com que a saúde, a sorte e a sanidade sejam sempre preservadas.
As culturas orientais acreditam que as cores, além de controlar os aspectos físicos e espirituais do ser humano, exercem uma imensa influência sobre as situações do cotidiano. Por isso é importante que toda e qualquer vestimenta seja examinada de um ponto de vista ideal para a situação que deva ser controlada. Situações específicas requerem cores específicas. Religião, guerra, política, cada qual com sua combinação correta para obter-se uma solução desejada.
Na tradição hebréia, nos mistérios da Cabala, as cores também exercem poderosa influência demonstrando assim que, basicamente, todas as culturas e povos do mundo, de uma maneira ou outra, tiveram oportunidade de observar e comprovar a força das cores e a veracidade sobre sua capacidade de influenciar os acontecimentos.
Na cultura ocidental foi a religião que fez uso das cores de maneira a simbolizar diferentes aspectos espirituais, reforçar sua autoridade, intimidar seus seguidores, mantendo uma aura de mistério e respeito. Diferentes cores são usadas para simbolizar diferentes posições hierárquicas dentro das diversas religiões. Padres, pastores, bispos, cônegos ou papas, cada qual usa de uma específica cor, de maneira que possam ser identificados instintivamente por aqueles com quem se relacionam, criando assim uma situação em que são vistos em uma posição psicologicamente destacada.
A ciência moderna com seu desdém a respeito de tudo o que considera irrelevante, classificando como crendices populares, foi incapaz de relegar a essa categoria a influência exercida pelas cores em todos os aspectos de nossas vidas. Com todos os esforços feitos para destruir mitos e crenças, a eficácia do uso das cores como ferramenta de controle do meio ambiente vai se confirmando em todos os aspectos avaliados. Da psicologia ao urbanismo e passando por todos os aspectos esotéricos possíveis, o uso das cores é a forma mais eficaz e agradável de controle sobre nossa vida.
Mito e realidade: duas coisas que sempre foram consideradas diametralmente opostas entre si. Mas o que exatamente é mito? Segundo as enciclopédias mito é tradição que, sob forma de alegoria, deixa entrever um fato natural histórico ou filosófico.
O objetivo do mito, como ciência, é explicar o mundo e tornar seu significado inteligível. Seu propósito científico é oferecer ao homem uma maneira de influenciar o universo, de se certificar da possessão material e espiritual do mesmo. Em um universo cheio de incertezas e mistérios o mito intervém para introduzir o elemento humano. As nuvens no céu; a luz do sol; um mar tempestuoso; todos esses fatores incompreensíveis perdem seu poder aterrorizante tão logo são relacionados com a sensibilidade, intenções e motivações que cada indivíduo experimenta diariamente.
Mito e as verdades científicas constantemente contestadas, são diferentes aproximações da verdade, do enigma dos enigmas, o qual, após tantas realizações e descobertas, ainda permanece firmemente indecifrável. De certa maneira a concepção da existência do átomo no início do século XX era um mito que não só comprovou-se ser verdadeiro como também foi ultrapassado.
Contudo, com a ajuda do mito resolvemos milhares de problemas diários e atingimos equilíbrio moral e mesmo sabedoria.
A intensa ligação entre nossos sentidos e as emoções que as cores evocam intensificou-se de tal maneira que, hoje, fazem parte de nossa inteligência emocional e estão gravadas em nossa memória genética.
O negro nos dá uma sensação de apreensão por estar ligado à escuridão da noite quando nossos ancestrais mais primitivos se viam a mercê dos predadores. Apesar de milhares de anos terem se passado, e do homem ter alcançado as estrelas, tais sensações de pavor e impotência; de incerteza e desespero, provocados pela insegurança de uma vida desprovida das certezas que o conhecimento traz. Fez com que o homem jamais conseguisse superar o trauma de sua infância neolítica.
Do mesmo modo, porém com um efeito não tão sinistro, o azul claro nos dá a sensação de liberdade de um céu claro e limpo e das paisagens abertas onde o perigo poderia ser previamente detectado e mantido a distância, proporcionando ao homem moderno uma sensação de poder e bem estar.
O amarelo e o vermelho evocam o calor do sol e a proteção do fogo respectivamente, nos dando uma sensação de conforto, segurança e relaxamento proporcionados pelas lembranças de um abrigo seguro contra as intempéries e os inimigos que rondavam a noite sem, no entanto, criar coragem para enfrentar o poder destrutivo da mais nova e poderosa arma do homem, o uso do fogo.
O uso dado às cores, conforme os hábitos das diversas culturas mundiais durante o decorrer dos séculos, tinha o objetivo de obter resultados dirigidos diante de situações específicas como ferramenta de manipulação psicológica que, segundo a sabedoria popular, tem provado ser muito mais acurada do que se imaginava.
Branco
Pitágoras, o filósofo grego, acreditava que a cor branca continha, além de todas as outras cores, todos os sons. Esta crença reflete-se na propriedade da cor branca de representar a divindade, sinceridade e transformação nos simbolismo do som dos sinos e gongos.
Muitos dos antigos templos e das atuais igrejas são brancas.
As tradições nipônicas consideram o branco a cor do luto.
Preto
Na Idade Média o negro era associado à Saturno, o porco, ao Domingo e ao nº 8.
Em Madagascar uma pedra negra é colocada em cada um dos quatro pontos cardeais, sobre o túmulo, para representar a força da morte.
Já para os antigos egípcios a negra lama do Nilo representava um renascer e os gatos pretos eram considerados duplamente sagrados diferindo das crenças ocidentais da Idade Média, nas quais os gatos e lebres pretos eram considerados familiares, isto é, mensageiros do demônio.
Na Roma antiga sacrificavam-se bois pretos para satisfazerem os deuses das profundezas.
Nas Ilhas Britânicas existem histórias de um cão negro, parte fada parte fantasma que, se visto, acaba com o bom humor do infeliz que estiver olhando na sua direção.
Vermelho
O Vermelho é uma cor mágica em muitas culturas, representa o sangue, a essência da vida.
Ervas eram amarradas com uma fita vermelha e esta era, por sua vez, amarrada em volta da cabeça para aliviar a dor da enxaqueca.
Os chapéus dos gnomos a capa das fadas e o chapéu dos magos são, muitas vezes descritos como vermelhos. E muitos fantasmas tem sido vistos enrolados em flanela vermelha.
A cor vermelha é bastante desagradável para os maus espíritos, por essa razão, na China, os rabichos dos sábios eram trançados com uma fita vermelha para afastar os maus espíritos e as mães faziam o mesmo com o cabelo das crianças ou as costuravam dentro do bolso pela mesma razão.
No Japão, crianças com catapora são mantidas em um quarto totalmente vermelho, vestidas com roupas vermelhas para apressar o processo de cura.
Os ingleses usavam lenços vermelhos no pescoço para afastar os espíritos que causavam o resfriado e as runas dos povos nórdicos eram marcadas em vermelho.
Amarelo
Os corpos dos aborígines australianos são pintados com ocre amarelo nas cerimônias funerárias.
Na China os magos escrevem seus feitiços em papel amarelo para aumentar sua potência.
Na Idade Média tanto Judas como o Diabo eram representados vestidos de amarelo.
Laranja
As laranjeiras fornecem uma generosa colheita ano após ano e, tanto nas culturas ocidentais como orientais, suas flores são usadas pelas noivas como um símbolo de fertilidade.
Púrpura/ Magenta e Violeta
Púrpura/ Magenta e Violeta são, na verdade, representações de uma mesma cor, que variam na intensidade de luz. É um tom especialmente sagrado para as culturas romanas e egípcias nas figuras de Júpiter e Osíris. Associa-se às dimensões sagradas, justiça, diligência, nobreza de espírito, pensamento religioso, idade avançada e inspiração.
Na igreja católica o Púrpura/Magenta é usado pelos sacerdotes para transmitir santidade e humildade.
Na China o violeta simboliza a morte e é a cor das viúvas.
Rosa
O Rosa é outra cor ligada à deusa romana e grega do amor e da beleza, Vênus e representa os aspectos mais suaves do amor e bondade.
Dourado
O Dourado é o poder do sol e suas deidades como o deus egípcio Ra e o deus grego Apolo.
Na Idade Média os curandeiros prescreviam água ou licores com folhas de ouro para a cura de problemas nos olhos e como tratamento das doenças graves.
Azul
O Deus dos Judeus ordenou aos israelitas que usassem um barrado azul em suas roupas.
É a cor das roupas de Odin, deus supremo dos povos Nórdicos.
O deus hindu, Vishnu era azul.
É a cor das roupas de Nossa Senhora.
Azul era a cor sagrada dos Druidas; no dia 18 de Agosto, durante a celebração do Eisteddfod no velho país de Gales, druidas desejando obter o título de Bardos vestiam-se de verde para a cerimônia; aquele que ganhasse o título recebia permissão para fazer a leitura de um livro de runas, era abençoado com uma espada e ganhava uma fita Azul. Daí por diante o novo bardo se unia ao grupo tão honrado em Gales.
Na Escócia as pessoas usam roupas azuis para restaurar a circulação.
No norte da Europa, por volta de 1600, um pano azul era usado no pescoço para evitar doenças.
Culturas asiáticas acreditam que vestir ou carregar algo azul afasta o mau olhado.
Nas culturas orientais o azul é conhecido como o envelope áurico que contém e sustém a vida.
Verde
Na Irlanda o verde é associado às fadas e acredita-se que pode dar azar devido a esta ligação. Entretanto se você soprar gentilmente a lanugem do cardo ou do dente-de-leão para ajudar as fadas no seu caminho, você pode usar esta cor com impunidade.
No antigo país de Gales, Verde era a cor usada pelos druidas durante a cerimônia do Eisteddfod.
O Verde é muito usado nos hospitais com base na crença de que esta cor ajuda o processo de recuperação da saúde.
Marrom
Nas culturas orientais acredita-se que o Marrom incorpore toda a força natural do elemento terra. A força vital do nosso planeta.
As culturas orientais acreditam que as estações, a natureza e até os pontos cardeais exercem direta influência sobre nossa vida, fazendo com que se tenha sorte, dinheiro e até uma vida amorosa bem sucedida.
Em todos os setores, se levarmos em consideração as cores dos elementos e suas conotações temporais, podemos jogar com tons e nuances de maneira a conseguir uma gama maior de opções, sem obstante perder sua eficácia.
As cores representam aspectos da natureza e trazem para nossa vida as mágicas qualidades básicas dos elementos que representam.
A mágica foi a primeira expressão espiritual do homem e vem fazendo parte de nossa sociedade por milênios. Mudando de forma e denominação em relação direta com as mudanças políticas e sociais de um povo, passou a ter diversos nomes e formas de expressão como, fé, preceitos, conhecimento, sabedoria, mito, religião, etc, porém continua basicamente o que sempre foi, pura magia.
A definição oficial de magia, segundo os dicionários é: a arte de produzir, por meio de certos atos e palavras, efeitos contrários às leis naturais; fascinação; encanto; instituição baseada na crença da força sobrenatural, regulada pela tradição e constituída de práticas, ritos cerimônias em que se faz apelo às forças ocultas e se procura alcançar o domínio do homem sobre a natureza.
E assim tem sido por mais de vinte e sete mil anos, desde as primeiras manifestações do poder das cores nas paredes das cavernas, aos mais insignificantes objetos, passando por casas, carros e tecidos, pois todos também tem como objetivo manipular as emoções do público consumidor com seus estilos e design, usando as cores para garantir uma posição de destaque em seu meio.
A cor como informação
A definição de cor é simples e conhecida por muitos: cor é luz. São comprimentos de onda que o olho humano assimila e o cérebro converte em mensagem. Os objetos possuem pigmentos capazes de absorver algumas cores e refletir outras, e é exatamente a cor refletida de volta ao olho que o cérebro interpreta e transforma em cor. Um vaso azul, por exemplo, contém pigmentos que retêm todas as cores, exceto o azul que é refletido e enviado ao olho.
Em termos científicos, a explicação resume-se a isso. Mas cor é muito mais que apenas luz. Cor é informação. Estudando as cores é possível compreender um pouco mais sobre as nossas atitudes, fraquezas, medos, desejos etc.
A partir de dois anos de idade, a cor se torna uma das influências mais fortes na vida da criança. As tonalidades pela qual a criança mostra preferência oferecem dicas sobre sua vida emocional. Caso uma criança com menos de quatro anos prefira vermelho, laranja ou amarelo, por exemplo, traços de solidariedade e carência de afeto são evidentes em sua personalidade. Entretanto, se ela escolhe o azul ou o verde, ela é considerada inclinada à intelectualidade, egoísta, determinada e solitária.
Quando a criança atinge a adolescência, as suas respostas em relação às cores tenderão a ser constantes. Na vida adulta, apenas mudanças radicais, como viver num país diferente, por exemplo, acarretam alterações significativas na percepção da cor.
As cores afetam os adultos de duas maneiras. Em algumas situações, as reações são automáticas, involuntárias e naturais. Acontecem sem a pessoa se dar conta. A segunda diz respeito à aprendizagem e experiências passadas. Neste caso, pormenores, tais como sexo, idade, renda, nível cultural e ambiente, fazem diferença. Pessoas que trabalham em hospitais, por exemplo, normalmente desgostam do verde e, portanto, dificilmente usarão esta nuance em seu lar.
- Vermelho: é a primeira cor que o olho enxerga pela manhã e que a criança reconhece. Transmite o desejo de alcançar e tocar. Geralmente os brinquedos preferidos das crianças são vermelhos (estudos revelam que elas brigam menos para ter um brinquedo se nenhum deles for vermelho). Estimula o apetite, aumenta a pressão sanguínea e faz a pessoa se sentir quente. No campo emocional, esta cor é associada à paixão, luxúria, impulsividade, ódio, raiva e coragem para revolucionar.
- Rosa: como é associada a coisas doces, é a cor preferida para embalagens de bala. Além disso, o rosa é bastante utilizado nas decorações de quartos para as meninas, já que passa a idéia de doçura e inocência.
- Laranja: transmite sensações de exuberância, jovialidade, vitalidade e ousadia. Alguém que veste uma roupa dessa tonalidade, certamente atrairá as pessoas para perto dela. Uma de suas mais fortes associações é a sede. Por essa razão, os refrigerantes laranjas, como a Fanta, aparentam ser muito mais refrescantes do que as bebidas escuras.
- Amarelo: é a cor menos popular do espectro. Estimula a memória, por isso muitos cadernos de recados e blocos de anotação para assuntos legais são amarelos. Apesar de o amarelo ser identificado com iluminação, ouro e raiar do sol, não caia na tentação de pintar a sua casa dessa cor, pois estudos mostram que o valor imobiliário diminui. Além disso, especialistas na área afirmam que bebês choram com mais freqüência em quartos amarelos, já que esta é a tonalidade mais difícil para o olho processar e ver.
- Verde: é a cor mais fácil de o olho enxergar. Transmite sensações de relaxamento, conforto, quietude e concentração. A cor neutra da natureza é associada à primavera, novo crescimento e recomeços.
- Azul: suas variações constituem as tonalidades mais populares. O azul ajuda a diminuir a pressão sanguínea. É conhecido também como a cor da confiança, longevidade e segurança. As pessoas que preferem viver sozinhas escolhem o azul em razão do seu caráter acolhedor.
- Roxo: exibe características tanto da cor vermelha como da azul. Auxilia a diminuir a pressão sanguínea, cortar o apetite e acalmar as glândulas em excesso de atividade. Suas associações mais fortes são com fragrâncias florais, realeza e religião. A cor violeta – sua derivação menos intensa – sugere romance e imaginação.
- Preto: considerada neutra, esta cor é tradicionalmente associada à morte e luto, embora atualmente contenha traços de sofisticação e elegância. O preto sugere dignidade, poder, secularidade, indiferença, intimidação e mistério.
- Branco: indica pureza, inocência, juventude e limpeza.
- Marrom: é tradicionalmente ligada à idéia de proteção e conforto, além de solidez e confiança, especialmente no âmbito familiar. Como é derivada da família da cor laranja, provoca efeitos similares, porém menos intensos.
- : transmite a sensação de confusão, apesar de ser associada com inteligência. Indica também bom senso de comportamento e disciplina, bem como ações ponderadas e planejadas.
- Cinza: transmite a sensação de confusão, apesar de ser associada com inteligência. Indica também bom senso de comportamento e disciplina, bem como ações ponderadas e planejadas.
As cores provocam sensações e efeitos interiores de tamanha significância que custamos a compreender e aceitar. Desde crianças somos influenciados, seja positiva, seja negativamente, pelas cores primárias, secundárias e terciárias. No entanto, aprender de que maneiras elas nos influenciam ajuda a reverter seu poder em nosso favor.
Uma ferramenta básica para combinar cores
Desde a remota data em que o homem adquiriu o pensamento simbólico, o agente da cor é o pigmento que constitui a cor corpórea ou tinta.
O geólogo e romancista alemão Goethe estabeleceu no início do séc. XIX a Teoria da Cor Pigmento, que viria a explicar pela mistura alguns dos aspectos básicos da cor muito utilizados na pintura. Essa teoria foi desenvolvida no começo do Séc. XX pelos pintores alemães Johannes Itten e Paul Klee, professores na Bauhaus, que ampliaram com trabalhos nesta escola de arte o modelo teórico iniciado por Goethe. Itten identificou na composição da cor por pigmento sete contrastes básicos presentes no Círculo Cromático.
Neste modelo o triângulo central é ocupado pelas três cores primárias:
Amarelo, Vermelho Magenta e Azul Ciano. Da mistura destas obtêm-se todas as restantes cores.No segundo anel as tres cores secundárias:
Verde (Amarelo + Azul)
Laranja (Amarelo + Vermelho Magenta)
Violeta (Azul + Vermelho Magenta)
O modelo estrutura outros contrastes de cor e harmonias das cores terciárias. Os sete contrastes são: tonalidade/hue (cor), claro/escuro, quente/frio, complementar, simultâneo, saturação e extensão.
A luz é uma onda eletromagnética e o espectro de luz visível pode assumir diversas cores, desde o violeta até o vermelho, em função do comprimento de onda. A luz do sol contém vários tipos de radiações que constituem o espectro eletromagnético. Cada comprimento de onda corresponde a um tipo de radiação. Apenas uma pequena faixa da radiação é captada pelos nossos olhos, varia entre os 400 e os 700 nanômetros, uma faixa de onda eletromagnética que compõe o espectro visível.
Cores do espectro visível
De acordo com Lilian Ried Miller Barros, pesquisadora, professora do centro de estudos Universo da Cor e autora do livro “A cor no processo criativo”, “criar um círculo cromático a partir da mistura das cores primárias é um excelente exercício para quem deseja aprimorar seus conhecimentos sobre o fenômeno da cor”. Segundo ela, embora possa parecer, a princípio, uma atividade destinada às crianças, esse exercício não é tarefa fácil, e compreender a mistura dos pigmentos facilita muito a composição e combinação de cores.
A pesquisadora observa que, além do aprendizado que essa vivência com os pigmentos nos oferece, a possibilidade de construir o próprio círculo cromático é uma experiência intransferível e muito prazerosa. Antes dos estudos científicos que procuraram normalizar esta aplicação da teoria da cor, já os artistas utilizavam formas pessoais de organizar a cor.
Harmonias cromáticas
As primeiras propostas de organização, de Goethe e Runge, espelham essa raiz histórica. A história da evolução da organização de cores através de círculos cromáticos é mais vasta do que a aqui apresentada. O círculo de cores é um resumo ilustrativo da organização de matizes de cor em torno de um círculo, mostrando as relações entre as cores a serem consideradas cores primárias, secundárias, cores complementares etc.
Segundo Itten, a harmonia das cores deve estar relacionada com o equilíbrio e a simetria de porções, e a sua utilização deverá ser feita como uma lei objetiva. A procura de uma harmonia na utilização das cores deve ser um objetivo de trabalho para qualquer profissional que utilize a cor. O conhecimento das leis que proporcionam uma harmonia cromática pode ajudar-nos a encontrar o equilíbrio na cor, como também a ultrapassar os seus limites para atingir uma maior qualidade expressiva.
A harmonia cromática pode ser conseguida quando o conjunto de cores utilizadas completa o espectro, ou seja, quando se utiliza dois grupos de cores que são complementares. Se considerarmos um círculo cromático de 24 cores, e considerarmos duas no mesmo diâmetro, quaisquer que sejam, são cores harmônicas, também designadas por pares cromáticos. Também poderemos considerar cores harmônicas as cores situadas nos vértices de um triângulo equilátero, de um quadrado ou de um hexágono, independentemente do seu posicionamento dentro do círculo cromático.
Uma outra forma de conseguirmos uma harmonia da cor será determinar um diâmetro de uma esfera cromática, definindo assim duas cores complementares e portanto duas cores harmônicas. Poderemos determinar outro conjunto de cores harmônicas se considerarmos um triângulo equilátero, um quadrado ou um hexágono, desde que o centro da circunferência circunscrita coincida com o centro da esfera. E ainda se considerarmos cores posicionadas em vértices de poliedros regulares (tetraedro, cubo, octaedro, dodecaedro e icosaedro), desde que inscritos na esfera.
De acordo com Lilian Ried, tudo é possível na harmonização e com as cores não é diferente, principalmente se forem levados em conta os princípios do círculo cromático. Ele ajuda a compreender a relação entre as cores e a ampliar a sensibilidade visual. A pesquisadora diz que o conhecimento sobre a mistura de pigmentos também permite compreender a harmonia de cores em diversos contextos. “Afinal, não existe cor feia, mas sim cor mal empregada”, conclui.
Classificação das cores
As cores são divididas conforme as os efeitos que causam à percepção:
1) Cores primárias
São cores que não podem ser decompostas e que através delas são criadas todas as outras cores.
Cores-luz primárias: vermelho, verde e azul.
Cores-pigmento primárias: ciano, magenta e amarelo.
Obs1: Durante muito tempo usou-se como cores-pigmento primárias o azul e o vermelho, em vez de ciano e magenta. Isso se deu pela semelhança entre eles e pela dificuldade de se achar esses pigmentos na natureza.
Obs2: O magenta, ao contrário das outras cores, não se encontra no espectro de luz Isso porque é criado pela sobreposição dos dois extremos do espectro, ou seja, violeta e vermelho.
2) Cores secundárias
São as cores formadas pela mistura de duas cores primárias.
Cores-luz secundárias: ciano (verde+azul), magenta (vermelho + azul), amarelo (vermelho + verde).
Cores-pigmento secundárias: verde (ciano + amarelo), vermelho (magenta + amarelo), azul (magenta + ciano).
Obs1: As cores secundárias de um sistema resultam nas primárias de outro.
Obs2: Aqui vemos que na cor-pigmento o vermelho e o azul vêm do ciano e do magenta, logo, são cores secundárias e não primárias.
3) Cores terciárias
São cores obtidas pela mistura de uma primária e uma secundária. São ao todo seis, independentes da síntese: laranja, oliva, turquesa, celeste, violeta e rosa.
4) Cores complementares
São as cores opostas que, se misturadas, resultam no ponto final de cada síntese. Ou seja, branco na aditiva e preta na subtrativa.
5) Cores quentes e frias
O psicólogo alemão Wundt percebeu que as cores podem provocar diversas sensações térmicas, estabelecendo a divisão delas em dois grupos:
Cores quentes: São o magenta, amarelo e todas em que essas predominem. Sugerem luz, calor, fogo, proporcionando uma sensação de atividade e dinamismo.
Cores frias: São o ciano, verde e todas as demais relacionadas. Transmitem sensação de conforto, tranqüilidade, associando ao frio e a água.
Obs.: Embora as cores possam sugerir uma determinada sensação térmica, essa em nada tem a ver com a real temperatura da cor, sendo apenas um efeito psicológico. Na verdade cores de temperatura elevada tendem ao azul e as mais amenas ao vermelho.
6) Cores neutras
São cores que não são influenciadas nem influenciam nenhuma outra devido a pouca energia que possuem, como o preto, o branco e todas as cores que, por dessaturação, tendem a essas duas.
7) Cores análogas
São as cores que têm uma cor base em comum, estando lado a lado no espectro de luz, possuindo, assim, pouquíssimo contraste entre elas.
8 ) Monocromia
Refere-se a graduação em termos de saturação e luminosidade de um único matiz.
CÍRCULO CROMÁTICO
Trata-se de uma representação das cores do espectro visível, mostrando suas formações através das primárias e as relações entre si.
Trata-se de uma representação das cores do espectro visível, mostrando suas formações através das primárias e as relações entre si.
Legenda:
1-12: Matizes
3, 7, 11: Cores-luz primárias / Cores-pigmento secundárias
1, 5, 9: Cores-pigmento primárias / Cores-luz primárias
2, 4, 6, 8, 10, 12: Cores terciárias
A: Cores Complementares
B: Cores quentes
C: Cores frias
D: Cores análogas
E: Escala de neutralização
Sínteses Cromáticas
Chamamos de sínteses cromáticas os tipos de sistemas com os quais conseguimos gerar o espectro de cores, a fim de possibilitar reproduzi-las.
1) Síntese aditiva
É formada pelas cores obtidas através de feixes luminosos, chamadas cores-luz. Essas cores não possuem corpo material, existindo apenas quando as projetamos sobre uma superfície com o auxílio de alguma fonte luminosa, como um refletor. Nesta síntese partimos da ausência total de luz, caracterizada pelo preto, e vamos adicionando luminosidade até obtermos ponto máximo, ou seja, a luz branca. A síntese aditiva é aplicada em televisão, cinema, iluminação cênica e, claro, na fotografia.
2) Síntese subtrativa
Aqui as cores são obtidas por corantes que tem maior ou menor capacidade de absorver luminosidade, obtendo as cores-pigmento. Quando temos uma superfície branca, o ponto inicial desta síntese, significa que ela é capaz de refletir 100% dos raios luminosos. Ao aplicar um pigmento sobre esta superfície, ele subtrai luminosidade até conseguir um índice máximo de absorção, caracterizado, teoricamente, pelo preto. Na prática, a impureza dos pigmentos faz com que cheguemos até um cinza neutro, sendo necessário o reforço do preto nos processos gráficos. A síntese subtrativa é largamente usada na indústria gráfica, indústria química, indústria têxtil, nas artes plásticas, dentre outros.
3) Síntese partitiva
É a soma fisiológica das sínteses aditivas e subtrativas, resultando na cor-óptica. Neste caso, as cores não são misturadas materialmente, mas através da impressão que causam ao se agruparem numa maior ou menor proporção sobre uma superfície. Um bom exemplo desta síntese são os trabalhos dos pintores impressionistas. A ilusão de uma vasta combinação de cores se dá não pela mistura das tintas, mas pela sensação que a justaposição de cores puras causa, como neste quadro do pintor Georges Seurat.
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